terça-feira, 28 de maio de 2013

A necessidade é a mãe da invenção

Boa noite, pessoal!

Essa semana consegui ajeitar meus horários de noite, faltando nas aulas, fazendo uma reflexão interior, e consegui cozinhar dois dias seguidos! \o/

Ontem foi um semi-desastre, com uma sopa de cebola que ficou meio sem graça e pesada ao mesmo tempo. Resolvi ainda fazer uma piperada (do livro Sabores da Espanha - ed. Publifolha), mas não tinha tomates, e nem sabia o que fazer com ela depois (para ser sincero, fiz para aproveitar os pimentões que tinha comprado).

Trevas? Poderia ser, se não fosse o desespero e a fome a criatividade!

Eu tinha um pouco de arroz arbóreo, então a conclusão natural era fazer um risotto. A receita (do livro Food & Wine 1996 -American Express Publishing Corporation) pedia tomates grelhados (e não leva vinho, o que achei estranho).... os pimentões de ontem poderiam substituir. Voilá! Cria-se um prato (e que ficou bem gostoso).

Segue a receita:

Piperada (adaptada)
3 pimentões (a original dizia vermelhos, eu usei os verdes)
1/4 xícara de azeite extravirgem
1 1/4 xícara de cebola em cubinhos
2 dentes de alho fatiados finamente
uma pitada de páprica
1 folha de louro
1/2 colher (chá) de açúcar
1 colher (sopa) de sal

Asse os pimentões inteiros no forno a 190ºC por 30 minutos até ficarem macios;
Coloque-os em um saco plástico e dê um nó, fechando bem. Deixe que eles fiquem no próprio vapor por uns 3 minutos; limpe-os e retire a casca;
Corte os pimentões em tiras ao longo de seu comprimento;
Aqueça o azeite em uma panela em fogo médio e refogue a cebola por 4 minutos. Junte o alho e refogue por 2 minutos. Junte o pimentão, a páprica, a folha de louro, o sal e o açúcar, cozinhando por cerca de 15 minutos, com um pouquinho de água.

Risotto (para 4 porções) - adaptado
 6 xícaras de caldo de legumes
1 1/2 colheres de sopa de azeite extravirgem
1 cebola picada
 1 1/2 xícaras de arroz arbóreo (próprio para risotto)
Piperada (da receita anterior)
1 colher de sopa de manteiga sem sal
Parmesão, sal e pimenta a gosto

-Deixe o caldo quente, em uma fervedeira a parte (eu usei aquele pronto)
-Aqueça o azeite em uma panela, adicione a cebola e deixe dourar em fogo médio, até amolecer (1 minuto e meio foi suficiente para mim), mexendo sempre.
-Adicione o arroz e cozinhe, mexendo bastante, por um minuto, para que ele se cubra de óleo.
-Adicione uma xícara do caldo, mexendo até que quase todo ele tenha sido absorvido. Junte a piperada, e mexa, adicionando mais uma xícara, e aguardando que o arroz absorva o caldo. Faça assim até o caldo acabar (cuidado para não queimar o arroz).
-Junte o parmesão ralado, a manteiga e mexa para misturar bem.
-Está pronto para servir. Se precisar, acerte o sal.


Para finalizar: hoje dei um pulinho na Livraria Cultura (meio balançado depois de ter lido isso), e achei uns livros do Jamie Oliver!!! Para celebrar, fiz uns pãezinhos Navajo para acompanhar o risotto (okay, okay, carboidrato pra acompanhar carboidrato... meu lado nutricionista é obeso e relaxado!). Receita bem fácil e gostosinha (lembra uma bolacha água-e-sal, bom para quem é viciado em Cream Crack).


domingo, 26 de maio de 2013

Grécia, Índia e... Sérvia!

Zdravo!

Nesse fim de semana, recebi uns amigos em casa para um lanche de fim de tarde. Minha mãe, uma amiga minha da Sérvia (ex-Sérvia-e-Montenegro, ex-Iugoslávia, ex-Império-Ottomano), e um casal que já conhece mais países do que eu tenho anos de vida.

Logo, era minha obrigação moral fazer algo internacional. Resolvi então fazer de novo o pão do post anterior, e acompanhá-lo com pastas e patês.

As escolhas da vez foram Tzatziki (um patê grego de iogurte com limão, pimenta, azeite e pepino ralado) e um patê de berinjela assada (que eu incrementei com ricota e pimenta-de-cheiro).


E para acompanhar o café/chá/bebida-de-despedida, um bolo chiffon de Chai, meu gato, um chá preto com especiarias típico da Índia, que caiu muito bem com a massa fofinha do bolo (cuja receita eu tirei daqui, substituindo Earl Grey pelo Chai) . Modéstia à parte, tudo ficou bem gostoso.





terça-feira, 21 de maio de 2013

O Pão nosso de .... quando dá tempo

Como alguns de vocês já sabem, eu raramente tenho tempo de cozinhar de verdade durante a semana. Já há algum tempo, eu tinha visto no livro Tudo e Mais um Pouco (Mark Bittman, Ed. Leya Brasil), um dos livros que mais me ajudam quando estou sem inspiração, uma receita de pão sem sovar.

Já achei esquisito de cara. Eu demorei a aprender a fazer um pão decente que servisse para mais do que peso de papel. Sovar sempre me pareceu o ponto limitante. Bata de menos, e o pão não dá liga; bata demais e a polícia te prende pela Lei Maria da Penha e o pão fica massudão.

Mas, para minha surpresa, o pão ficou sensacional. Fofinho por dentro, crocante por fora. Só a quantidade de sal me pareceu um pouco subestimada, mas perfeitamente consertável em uma segunda tentativa. Só precisou de paciência, como vocês verão.

A receita parece ter vindo de um certo Jim Lahey em uma coluna do New York Times e já se espalhou pela internet. Transcrevo-a a seguir:

4 xícaras de farinha de trigo ou semolina (usei meio a meio)

½ colher de chá de fermento biológico instantâneo (usei aquele da Fleischmann do saquinho amarelo)
2 colheres de chá de sal
2 xícaras de água morna
2 colheres de sopa de azeite extravirgem

1. Misture a farinha, o fermento e o sal, misturando bem. Junte a água formando uma massa pegajosa, mas não muito líquida. Besunte a bola de massa com o azeite e cubra a tigela (eu usei filme plástico). Deixe descansar por 18 horas.

É isso mesmo... 18 horas!!!! O que quer dizer, faça a massa hoje, e aguente firme para comer amanhã.


o antes, recém misturado e coberto com o filme plástico.....

.... e o depois, já dobrado e deixado para crescer por duas horas (a vasilha era maior)

2. Polvilhe uma superfície com farinha e dobre a massa duas vezes (eu joguei farinha por cima e incorporei na tigela mesmo). Cubra com o filme plástico e deixe descansar 15 minutos.

3. Adicione um pouco de farinha, só para evitar que a massa grude, forme uma bola e proteja ou com pano de prato de algodão levemente enfarinhadas, ou, como eu fiz, transfira para uma tigela limpa (e maior, para que ele possa crescer) e vede com filme plástico, deixando crescer por duas horas.

4. Ponha para assar a 235ºC (deixando o forno aquecer uma meia hora antes) por 20 minutos em algum recipiente tampado (o livro diz que pode ser pirex, uma caçarola... eu usei uma forma de bolo e 'tampei' com um daqueles tapetes de silicone de assar biscoito). Retire a tampa e deixe mais 20-30 minutos.

5. Espere esfriar e tenha um pãozinho crocante e fofinho.




domingo, 19 de maio de 2013

Le Grand Première


Desde que comecei a morar sozinho, me vi obrigado a aprender a cozinhar. O desafio que antes era conseguir fazer um omelete, hoje é conseguir fazer as receitas ficarem, se não tão gostosas ao olhar quanto às dos livros, pelo menos boas o bastante ao paladar para querer repetir.

Para inaugurar esse espaço culinário (de agora em diante, Na Pança do Ponce), o almoço de hoje, domingo. Num dia meio nublado, com aquela muvuca da Virada Cultural lá fora, e o barulho da final do Corinthians que parece ecoar dentro do meu apartamento, resolvemos fazer TRÊS pratos!

O primeiro, um filé de peru ao molho de iogurte condimentado, tirado daqui



Okay, a receita tem a pecha de ser light, mas eu compensei essa ausência de calorias (mas não de sabor), com as duas próximas.

Para acompanhar a proteína, um carboidrato à moda Grega. Patátes Lemonátes (do belíssimo livro Culinaria Greece, da Ed. Konemann), que eu acabei tentando seguir à risca, mas adicionei mandioquinha porque tinha em casa.

 Os pratos salgados ficaram bem bons (o peito de peru ficou bem condimentado, com um gosto quase indiano, e as batatas/mandioquinhas/tubérculos diversos ficaram com um ótimo gostinho de limão com orégano), mas o almoço foi coroado com a sobremesa: um Strawberry Crumble com Amêndoas (do novo livro da Nigella, Na Cozinha com Nigella, Ed. Best Seller).





O prato é basicamente uma cama de morangos com açúcar e farinha de amendoas, recoberto de uma casquinha crocante e amanteigada. Eu sou um desastre em apresentação e destrui meu pedaço ao colocar no prato, mas meu estômago não reclamou.