terça-feira, 23 de julho de 2013

Para o frio e stress: Pão! (de Malta)

Já confessei antes minha paixão por fazer pão. E já declarei minha admiração pelo livro "O Pão da Paz" com receitas de pães ( e bolos e biscoitos) de cada um dos países membros da ONU. [curiosidade inútil: a Suiça, notória por sua 'neutralidade', só ingressou de fato na ONU em 2002]

Hoje, para me livrar do stress e do frio, resolvi fazer mais uma receita do livro: o Hobz, vulgo pão maltês.

Segue a receita com as minhas modificações:
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 Hobz

400 g de farinha de trigo
200 g de farinha de trigo integral
10 g de sal 
15 g de manteiga
10 g de fermento seco instantâneo
350 ml de água morna
1,5 colher de sopa de açúcar mascavo
1 colher de sopa de leite
1 ovo para pincelar

Misture as farinhas e o sal com a manteiga derretida. Acrescente o fermento e mexa bem. Misture a água morna com o leite, e neles dissolva o açúcar. Junte-os à farinha e sove bem até ficar com uma massa elástica (uns 5 minutos já dá pro gasto). Cubra a tigela com filme de PVC transparente e cubra com um pano-de-prato úmido. Deixe crescer por cerca de uma hora, ou um pouco mais. Separe a massa em 12 bolinhas. Disponha-as em uma assadeira não aderente e pincele com ovo. Deixe descansar por 15 minutos. Enquanto isso, aqueça o forno a 230 C. Coloque os pães para assar por 15 minutos, ou até dourar bem.
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E voilá! Um pãozinho quentinho, nem doce nem salgado. Delicioso pra entupir de manteiga ou cobrir de geléia. E fica crocante por fora e bem fofinho por dentro. Aprovado!

sábado, 20 de julho de 2013

Banana, Bacon & Booze



Adiantando-nos à vinda da frente fria da próxima semana, preparei uma comfort food digna de qualquer livro, uma sopa de legumes.

Obviamente não foi uma reles sopa estilo "sobras da geladeira", e sim uma sopa motivada pela compra de zimbro (ou em inglês juniper) na feira. Já tinha ouvido falar desse ingrediente, inclusive tem um conto dos irmãos Grimm chamada A Árvore de Zimbro, mas nunca tinha experimentado; o gosto é bem forte, deixando um amargo after taste.

Juniper berries, que foram trituradas antes de adicionadas à sopa

Apesar de demorar um pouco para fazer, deixando a panela por 1 hora em fogo baixo, o resultado final foi muito bom, apesar da aparência não muito sugestiva que levou-nos a apelidá-la de Sopa Shrek. O gosto do zimbro ficou bastante suave, e o toque final de bacon torna esta uma deliciosa refeição para encarar o frio que está vindo. Nos baseamos nessa receita, mas com algumas alterações. (Usamos whisky ao invés de Sherry, ervilhas junto com as lentilhas e omitimos a salsa no final).


Para sobremesa, com o whisky que sobrara da comilança irlandesa, fizemos uma modificação de receita de parfait para ingredientes mais tropicais que já tínhamos.
Essa é a nossa receita do Boozy Banana Parfait:
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Boozy Banana Parfait (serve 2 pessoas)
1 banana cortada em rodelas, e cada rodela em quatro (usamos a nanica)

1 colher de sopa de açúcar mascavo
30 ml de whisky
1 copo de iogurte (usamos aquele de coco com pedaços de fruta)
um punhado de cereal matinal (usamos Nesfit, mas deve ficar bom com granola, como na receita original)

Misture a banana, o açúcar e o whisky em uma tigela, e misture bem. Aguarde um pouco, para pegar bem o gosto.

Usando duas taças ou copos altos (transparentes são melhores para podermos ver as camadas), coloque uma camada de banana, uma de iogurte e uma do cereal, repetindo mais uma vez.

E pronto!
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Ficou bem saboroso, sem ser muito forte (apesar do whisky) nem muito doce. E pelo pouquinho de álcool, esquenta quase tanto quanto a sopa.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Luck (and food) o' the Irish

E no domingo, após a esbórnia gastronômica do sábado, resolvi me recuperar.... com coisas mais obesas ainda!

Passando pela FNAC (que supostamente estava em promoção, mas era na verdade limpa-trilho), acabei comprando esse livro aqui: The Complete Irish Pub Cookbook.

Claro que querendo estreá-lo, fui ao supermercado com o livro em mãos (sob observação dos clientes que achavam que ou eu amava ler enquanto andava, ou querendo descobrir se o supermercado agora vende livros...). Resolvemos fazer três pratos:

Beef & Stout Pies: a receita da capa do livro e que chamou a atenção. Uma deliciosa torta de carne marinada por bastante tempo na cerveja, coberta com uma massa folhada. Ficou muito bom, e completo o bastante para servir de refeição completa.

A torta e a cerveja usada para preparar o recheio

Meu gato Chai julgando minha escolha de bebidas alcoólicas

Sticky Carrots with Whiskey and Ginger Glaze: aí devo confessar mais uma coisa- não entendo nada de Whisky. Por isso mesmo comprei o mais barato que achei.... e a receita ficou deliciosa. Cenoura molinha, docinha, levemente picante e com um toque de whisky.




"Currant" Shortbread: na verdade, virou um raisins shortbread, mas ficou bom assim mesmo. Uma massinha crocante e levemente seca, mas bastante harmônica e boa para acompanhar um chá.







domingo, 7 de julho de 2013

Pistaches e pães

Eu sou apaixonado pela idéia de fazer pão. Imaginar que uma mistura simples de farinha, água e fermento (e de vez em quando uma manteiga, um ovo, etc) sai de uma maçaroca disforme para algo bonito, gostoso e que não engorda.

Nesse fim de semana, resolvi botar em uso um livro interessante: O Pão da Paz. A proposta do livro é bem legal: uma receita de cada país membro da ONU, talvez para mostrar que não somos tão diferentes (a propósito, a do Brasil é o pão de queijo). Mas os que mais me chamaram a atenção foram as rosquinhas de pistache do Paquistão (porque eu amo pistache e derivados) e o pão de centeio da Somália, chamado Suomalairusleipa (porque eu não sabia que tinha comida na Somália que a Somália tinha comida típica nunca tinha comido pão somali).

Os biscoitos eu fiz com semolina, um pouquinho de farinha de trigo, e manteiga (quando repeti já que a primeira fornada acabou, fiz com margarina e sem o ovo que tinha adicionado no primeiro já que a massa tinha ficado um pouco seca).


Já o pão, fiz com centeio, farinha de trigo, e, seguindo a receita, cerveja (havia a opção de fazer com leite ou leitelho). O sabor ficou ligeiramente amarguinho, mas caiu muito bem com manteiga e cream cheese. E a massa ficou supreendentemente macia (tudo isso sem usar o pacote inteiro de fermento seco, o que pode ser interessante se você quiser fazer aquele pão de fermentação lenta). E uma receita deu para dois pães!!




(Meu obrigado ao Leandro Angare que montou aquela foto legal no começo e foi cobaia dos pratos)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Crème de la crème

Com esse frio nórdico que se apossou de São Paulo nos ultimos dias, o tempo parece propício para uma boa sopa. Como sobrou um pouco de abóbora da tentativa frustrada de pudim de abóbora da semana passada, resolvi tentar transformá-la em alguma outra coisa.

Não, não isso...

Uma boa sopa de abóbora com milho tostado! A sopa em si é fácil de fazer. Doura-se uma cebola na manteiga, coloca-se a abóbora e o milho, e depois junta o leite, o caldo de carne, e deixa uma meia hora para pegar gosto. O milho é tostado no forno, por uns 10 minutos. Fica bem harmônico!



E para a sobremesa: creme bruleé de chocolate. Eu nunca tinha visto, ou experimentado, essa variação, mas o chocolate meio-amargo aqui em casa estava pedindo para ser usado...

...o que sobrou pelo menos.

Resolvi testar uma versão de creme bruleé com chocolate. Como não tenho o queimador, o caramelo foi feito do jeito tradicional: na panela, com um bocado de paciência. E ficou bastante bom.



Eram três, mas só um sobreviveu pós-caramelo para a foto.

(as receitas foram tiradas do mesmo livro do ultimo post: How to Cook - vol.2 da Delia Smith)


terça-feira, 2 de julho de 2013

In Vino Veritas

Antes de tudo, um esclarecimento: Eu não sei NADA de vinho (okay, talvez não nada.. e certamente aprendi alguma coisa na aula da semana passada na faculdade, sobre isso. Mas com certeza não é das minhas especialidades).

Mas eu gosto, de vez em quando, de usar vinho na cozinha. Seja para risoto, para fazer um doce, ou no caso de hoje, uma carne.

Resolvi me aventurar hoje fazendo um Entrecôte Marchand de Vin, do livro How to Cook (book two)  da Delia Smith (que eu comprei há algum tempo e tem várias receitas básicas, e algumas mais avançadas).




A receita é bem simples (numa tradução livre a seguir)

Ingredientes

Filés de carne bovina, em temperatura ambiente
1 colher de sopa de óleo de oliva
1 cebola pequena picada (eu tentei a variação com alho e deu certo também)
Cerca de 150 ml de vinho tinto
Pimenta-preta moída (de preferência fresca)

Preparo

Aqueça metade do óleo, e com ele frite a cebola até que doure (cerca de 6 minutos). Retire para um prato, e adicione a outra metade do óleo, em fogo bem alto. Coloque os bifes, e pressione levemente para 'dourar' um do lados. Deixe de 2-4 minutos, de acordo com o ponto preferido. Vire para o lado oposto. Quando faltar cerca de 2 minutos, retorne a cebola para a frigideira e adicione o vinho. Deixe o molho reduzir até ficar como uma calda, virando o bife se necessário. Sirva, cobrindo os bifes com o molho.



O prato fica bastante saboroso, e fica com o sabor do vinho, sem mascarar o da carne. Se preferir, adicione um pouco de sal no ultimo passo (junto com o vinho) para não ressecar demais a carne.